sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Mais de 30…e feliz!
O bom dos 30 é que a gente consegue enxergar a vida com mais leveza, menos euforia e mais certezas; do que se quer e principalmente do que não se quer.
Aos 30 já amadurecemos, em todos os sentidos. Não adianta falar que não, pois já amadurecemos sim. O que você acumulou até os 30 vai servir de experiência, nada mais. 
Já não nos cabe mais perdas de tempo, até porque depois dos 30 já aprendemos que se tem uma coisa que realmente passa é o tempo ( e como passa rápido viu!). Aprendemos a nos acostumar com nosso novo corpo, isso mesmo, porque depois dos 30, querendo ou não, é um novo corpo. Algumas gordurinhas ( na minha opinião até sexys )surgem e não há academia que as tire, porque tem coisa que chega pra ficar, e a barriguinha, o culote e a balançadinha na hora do tchau no braço são algumas  delas. Aos 30 já sabemos a diferença entre um bom sexo e um sexo bom. Já não perdemos mais tempo com quem não tem tempo. Nos permitimos mais, sem medos e sem a culpa do “o que será que a outra pessoa vai pensar?”, porque já sabemos que as pessoas vão pensar de qualquer forma, ou seja, aprendemos a viver com mais coragem em relação a tudo. Já somos mais diretos: ou é ou não é, tá a fim ou não, vamos fazer sexo ou não. Aprendemos que é melhor ouvir Renato Russo cantar “quem me dera ao menos uma vez” milhões de vezes do que agredir nossos queridos ouvidos com qualquer coisa que se diz música por aí. Não há mais idade pra joguinhos, pra se fazer de vítima ou ciúmes bobos. Ser o babaca com o carro legal ou a idiota que só porque tem uma bunda bonita acha que vai ficar assim pra sempre são papéis que já não nos cabem mais. Já não se vive mais nas costas dos pais, porque já somos capazes nos sustentarmos nessa selva de pedra, seja lá fazendo o que gostamos ou o que podemos. É assim, afinal a vida não é um romance o tempo todo. Algumas coisas são reais, bem reais. Quem aos 30 já tem filho sabe que não há amor maior no mundo, e que filho é a única pessoa que amamos mais do que a nós mesmos. Não tem como ser diferente, filho é filho,nunca vai existir outro amor com a mesma intensidade e a mesma renuncia. Aprendemos que um dia vamos deixar de sermos filhos para nos tornamos pais e mães de nossos pais. O inverso tristemente acontece, e é assim que a vida segue, aos avessos.
Mais do que qualquer outra coisa os 30 ensina que por mais dura que a vida possa ser, tudo passa. Só não passa a vontade de ser feliz. Viver feliz.
E que essa vontade nunca nunca nos passe mesmo, e que seja lá aos 30, 40 ou mais possamos ser pessoas melhores sempre, e acima de tudo, que possamos fazer um mundo melhor, onde se viver e ter fé na vida seja algo que sempre venha valer a pena, seja  aos 30, aos 40 ou mais.

Marcelle Melo


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